A covardia foi a marca do congresso do PT. Primeiro, por atacar a Justiça, a Liberdade de Imprensa, o Estado de Direito. Segundo, por amenizar esta "indignação" no documento final, "amarelando" e frustrando a militância por não citar o STF, atacado e ofendido durante três dias. Os punhos cerrados viraram mãos trêmulas de medo do eleitor lá fora. Abaixo, cobertura da Folha Poder.
O 5º Congresso do PT aprovou neste sábado (14) uma resolução que afirma que os réus do mensalão foram condenados sem provas e acusa a mídia e a oposição de tentarem criminalizar o partido e influir nas eleições. O documento causou racha por não atacar o STF (Supremo Tribunal Federal) e não defender a anulação do julgamento, como cobrava a ala mais radical da legenda.
Sob pressão do Planalto, que temia prejuízo à campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, a cúpula petista apresentou um texto mais moderado que o original e sem críticas ao STF. "Nós não podemos ter um partido dividido ao meio. Nossa obrigação é construir a maior unidade possível", afirmou o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), falando em nome da direção petista.
Depois de ouvir vaias de alguns delegados do partido, ele disse: "Temos plena convicção a inocência dos companheiros Dirceu e Genoino. Minha posição é clara: nunca houve mensalão, compra de votos e corrupção ativa ou passiva." O texto aprovado com apoio da cúpula petista não cita os presos e diz que a sigla apoiará iniciativas de militantes e movimentos sociais pela "reparação das injustiças e ilegalidades contra os companheiros condenados".
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