A notícia de hoje é que Aécio Neves "rompeu" com o marqueteiro. Parece que estavam casados há vinte anos e que o divórcio foi litigioso. Não é nada disso. Em março passado, todos os jornais informaram que estava sendo feita uma experiência. Que Renato Pereira, o marqueteiro cuja campanha de maior sucesso foi a de Sérgio Cabral, faria a campanha de Aécio à presidência do partido, o programa de TV e as inserções nacionais de 2013. Que realizaria pesquisas e diagnósticos para, se tudo desse certo, estender o trabalho para uma eventual candidatura presidencial. Ao que tudo indica, não deu "liga", apesar do trabalho feito até agora estar muito correto.
A pergunta que fica é: Aécio fez alguma coisa de errado no período, em termos de marketing? A resposta é: não. Correu pelo país atrás dos fundamentos de uma campanha: o tempo de TV e as alianças políticas e separo as duas coisas pois os acordos, nem sempre, rendem tempo de TV, mas abrem palanques regionais. O que temos visto é um candidato ouvindo o Brasil, conversando com as pessoas, trabalhando sem parar. Ah, mas está faltando agressividade ao candidato. Se fazer política com o fígado fosse diferencial, o Bolsonaro seria eleito governador do Rio no primeiro turno, apenas para dar um exemplo.
Aécio chega ao final do ano com as coisas resolvidas no PSDB, sem ter sido o responsável pela desistência de José Serra. Uniu o partido em torno do seu nome e caso São Paulo decida dividir palanque com Eduardo Campos o problema será de Alckmin. Ganhará alguns eleitores do lado de lá, mas perderá um número muito maior do próprio lado por estar derrotando o candidato tucano à presidência. Alckmin não é burro. Sabe que terá que defender o legado tucano com unhas e dentes ou perderá a eleição como Serra em 2012.
A oposição tem, pela primeira vez, um excelente candidato em todos os aspectos, Tanto tem que os maiores defeitos nele apontados, segundo o fogo amigo, é que é muito negociador e pouco brigador. Como se estes dois defeitos não estivessem entre as grandes qualidades da política. Falta um marqueteiro, ainda. Mas, finalmente, temos um candidato. E hoje à tarde já teremos um esboço de plano de governo. Mãos à obra.
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