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A Odebrecht TransPort anunciou como seu novo sócio a BNDESPar, braço de participações do banco de fomento, que injetará R$ 1 bilhão na companhia e passará a deter 10,61% da sociedade. Para manter os 30% de participação, o FI-FGTS, que entrou na empresa em 2010, aportará mais R$ 428,5 milhões. A Odebrecht reduziu a fatia de 70% para 59,39%.
 
A Odebrecht TransPort anunciou ontem a entrada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como sócio da empresa. A BNDESPar, braço de participações do banco de fomento, vai injetar R$ 1 bilhão na companhia e passará a deter 10,61% da sociedade. O negócio, cujas conversas foram iniciadas em 2012, exigiu uma reestruturação societária na empresa.
 
Para manter os 30% de participação, o FI-FGTS vai aportar mais R$ 428,5 milhões - o fundo entrou na empresa em 2010. A Odebrecht S/A, por sua vez, reduziu a fatia de 70% para 59,39%. A operação não surpreendeu o mercado, que já esperava por algum aporte na empresa. A explicação está no elevado grau de alavancagem do grupo.
 
Os recursos vão reforçar o caixa da companhia na execução de investimentos, como o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão, RJ) e a BR-163 (MT), arrematados recentemente pela Odebrecht TransPort. Mas o dinheiro também será usado em novos negócios", completa o presidente da companhia, Paulo Gesena, que comemorou a decisão do governo de destravar os leilões de concessão neste ano.
 
Ele comenta que, desde que a Odebrecht TransPort foi criada, em 2010, o número de subsidiárias subiu de cinco para 18. Ou seja, o volume de recursos para cumprir o plano de negócios cresceu consideravelmente. Hoje está na casa de R$ 15 bilhões para os próximos três anos. Por isso, a empresa vinha há algum tempo procurando investidores estratégicos para aumentar o capital.
 
A entrada da BNDESPar, no entanto, não vai interromper a busca por novos sócios. Gesena conta que algumas empresas preferem se associar a determinados nichos de mercado, como rodovias ou portos. "Então, faz sentido ela se associar a uma subsidiária específica. Temos negociado com investidores nacionais e estrangeiros, mas, por enquanto, não há nada fechado."
 
Abertura de capital. Outra novidade será a abertura de capital da empresa, mas ainda sem data marcada. "Estamos caminhando para isso, mas dependemos do ambiente do mercado e da maturação dos nossos negócios", afirma o presidente da Odebrecht TransPort. Essa era uma das condições para o aporte de capital do BNDES, informou o chefe da área de investimentos da diretoria de Mercado de Capitais do banco, Andre Loureiro, que também não quis especificar em quanto tempo a companhia passará a ser listada em bolsa. "É uma informação estratégica da empresa." Segundo Loureiro, o ingresso da BNDESPar, braço de participações do banco, faz parte da estratégia do banco de apoio ao setor de infraestrutura.
 
"Recentemente ingressamos também na Triunfo e na ALL. Conversamos com todos os players do setor para identificar com cada um a área de apoio do : banco", disse Loureiro, reconhecendo que, com a participação acionária, o banco corre um risco maior no apoio financeiro. Ele argumenta, porém, que o retorno desse tipo de negócio é superior ao das linhas de crédito ofertadas pelo BNDES.
 
O executivo disse que o banco limitará a participação acionária nas empresas de infraestrutura entre 10% e 15% e disse que há conversas com outras companhias. Uma das exigências do banco é a nomeação de um representante no conselho de administração das companhias. Mas, segundo Loureiro, o BNDES não pretende participar de decisões de passos estratégicos, como a disputa em leilões de concessão. (Estadão)

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